Apple remove emulador de PC da App Store e gera polêmica
Um emulador de PC foi recentemente removido da App Store e causou indignação entre os desenvolvedores ativos na plataforma. A decisão da Apple gerou controvérsias na comunidade, sendo considerada confusa, inconsistente e possivelmente ilegal, podendo resultar em multas para a empresa.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico
O centro do debate gira em torno do aplicativo UTM, um emulador genérico de computador que permite simular a experiência de um PC em dispositivos móveis. O app passou pela avaliação da App Store, mas foi rejeitado com base no argumento de que “PC não é um console”.
De acordo com a Apple, o UTM não se encaixa na regra 4.7 das Diretrizes de Revisão de Aplicativos, que abrange “mini aplicativos, mini jogos, jogos por streaming, chatbots, plug-ins e emuladores de consoles”. Além de ser rejeitado na App Store, o app também não recebeu autorização para ser distribuído por lojas de terceiros na Europa, onde é possível utilizar app stores alternativas.
O processo de avaliação do UTM foi considerado incomum pelo desenvolvedor Michael Tsai, que relatou que a análise durou dois meses e pareceu inconsistente. O fato de que o emulador de consoles Nintendo Delta é permitido em lojas alternativas também gerou questionamentos sobre a flexibilidade das regras da Apple na App Store.
Outros desenvolvedores, como Steve Troughton-Smith, afirmaram que a rejeição da Apple ao UTM pode até mesmo ser considerada ilegal. Segundo ele, a decisão do App Review pode gerar conflitos com a União Europeia e violar regras passíveis de multas.
O debate em torno do UTM é apenas uma das muitas discussões sobre a rigidez da Apple em relação aos aplicativos disponíveis para o iPhone. Com a implementação da Lei dos Mercados Digitais (DMA) e a possibilidade de download de lojas alternativas no iPhone, sob condições específicas, o ecossistema da Apple tornou-se mais complexo, levantando questões sobre práticas abusivas.
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