Dólar fecha estável apesar da intervenção do BC.

Banco Central tem primeira intervenção no câmbio em 16 meses

A primeira intervenção do Banco Central (BC) no câmbio em quase 16 meses teve pouco efeito no preço do dólar. A moeda norte-americana chegou a cair no início do dia, mas ganhou força durante a tarde e fechou estável. Enquanto isso, a bolsa de valores recuperou-se parcialmente da queda das últimas semanas e fechou em alta, na contramão do mercado externo.

Dólar comercial encerra em leve queda

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (2) vendido a R$ 5,058, com uma queda de apenas 0,02%. A cotação chegou a cair para R$ 5,03 por volta das 11h, após o BC ter leiloado US$ 1 bilhão em swap cambial (venda de dólares no mercado futuro). No entanto, a divisa voltou a acelerar à tarde, chegando a R$ 5,06 por volta das 14h45, antes de fechar na estabilidade.

Valorização recente do dólar

Apenas nos dois primeiros dias de abril, a moeda norte-americana subiu 0,86%. Em 2024, a divisa valoriza-se 4,22%, evidenciando a pressão no câmbio nos últimos meses.

Mercado de ações tem dia tranquilo

No mercado de ações, o dia foi mais tranquilo. Após uma queda na segunda-feira, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 127.548 pontos, com alta de 0,44%. A valorização foi impulsionada por papéis de petroleiras e mineradoras, beneficiados com a alta das commodities.

Intervenção do BC no câmbio

Nesta terça, o Banco Central vendeu US$ 1 bilhão em swap cambial, marcando a primeira intervenção da autoridade monetária no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A última vez que o BC tinha atuado no câmbio foi em 27 de dezembro de 2022.

Expectativas para o dólar em abril

O leilão teve como objetivo garantir a demanda por dólares para cobrir um vencimento de um título cambial emitido pelo Tesouro Nacional em 1997. O BC prevê um aumento na procura pela moeda norte-americana neste mês, refletindo em uma possível pressão cambial.

Influência de fatores externos

O dólar não tem subido apenas por fatores internos. Dados recentes de aquecimento nos Estados Unidos têm impactado a expectativa dos investidores para possíveis cortes de juros pelo Federal Reserve. A pressão por investimentos seguros tem impulsionado a moeda americana em mercados emergentes como o Brasil.

*Com informações da Reuters

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