Dólar ultrapassa R$ 5,70 em dia de turbulências no mercado internacional
Em um cenário de instabilidade no mercado internacional, o dólar encerrou o dia ultrapassando a marca de R$ 5,70 e fechou no maior valor desde o início de agosto. Após registrar alta na quinta-feira (24), a bolsa de valores voltou a apresentar queda e ficou abaixo dos 130 mil pontos.
Dólar comercial atinge R$ 5,705, maior valor desde agosto
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (25) sendo vendido a R$ 5,705, com uma alta de R$ 0,042 (0,74%). A moeda chegou a operar próximo da estabilidade no período da manhã, mas registrou uma forte elevação durante a tarde, após a divulgação de uma pesquisa que aponta empate entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos Kamala Harris e Donald Trump. Na máxima do dia, por volta das 14h45, a cotação alcançou R$ 5,71.
Esse valor representa o maior nível da moeda norte-americana desde 5 de agosto, quando o dólar encerrou em R$ 5,74. O dólar acumula uma alta de 4,74% somente no mês de outubro e um aumento de 17,56% ao longo deste ano.
Volatilidade na bolsa de valores
O mercado de ações teve um dia marcado por volatilidade. O índice Ibovespa, da B3, oscilou entre altas e baixas ao longo do dia e fechou aos 129.893 pontos, com uma queda de 0,13%. O recuo foi amenizado em parte pelo desempenho positivo das ações de petroleiras, impulsionadas pela recuperação do petróleo no mercado internacional, e pelas ações da mineradora Vale, que subiram 3,4% após a divulgação do balanço do terceiro trimestre e o acordo para compensar as vítimas da tragédia de Mariana (MG).
Fatores que influenciaram a alta do dólar
Em um dia sem grandes novidades no mercado interno, dois fatores contribuíram para a pressão sobre o dólar. O primeiro foi o empate constatado em diversas pesquisas entre Harris e Trump a apenas 11 dias das eleições presidenciais americanas. A possibilidade de uma vitória do candidato republicano e a imposição de novas tarifas comerciais preocupam os investidores globais, o que poderia fazer o dólar subir em escala internacional.
O segundo fator foi a divulgação de indicadores econômicos que revelam o aquecimento da economia nos Estados Unidos. Caso a maior economia do mundo cresça além das expectativas, o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) poderá postergar a redução das taxas de juros, incentivando a migração de capitais para títulos do Tesouro norte-americano, vistos como investimentos mais seguros em escala global.
* Com informações da Reuters
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