Dólar tem forte alta e bolsa de valores recua no Brasil
No dia 6 de novembro, em meio a um clima de nervosismo nos mercados interno e externo, o dólar teve uma forte alta, atingindo um novo recorde nominal desde a criação do Plano Real. Enquanto isso, a bolsa de valores brasileira recuou 1,5%, ficando abaixo dos 126 mil pontos.
Variação do dólar e da bolsa de valores
O dólar comercial encerrou o dia sendo vendido a R$ 6,071, com uma alta de R$ 0,06, o que representa um aumento de 1%. No início do dia, a cotação chegou a cair para R$ 5,99 por volta das 10h45, mas reverteu a tendência após a divulgação de dados sobre a criação de empregos nos Estados Unidos, que surpreenderam e superaram as previsões.
Na semana, o dólar acumulou uma alta de 1,02%, enquanto em 2024 a divisa já registra um aumento de 25,1% em relação ao real brasileiro.
Já o índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 125.946 pontos, com uma queda de 1,5%. No início da manhã, o indicador chegou a operar em leve baixa, mas despencou após a divulgação dos dados de trabalho nos Estados Unidos.
Impacto dos dados norte-americanos
No mês de novembro, os Estados Unidos criaram 227 mil postos de trabalho fora do setor agrícola. Esse resultado representou uma recuperação em relação a outubro, quando apenas 36 mil vagas foram abertas, devido aos impactos dos furacões Helene e Milton, além de uma greve nas fábricas da Boeing.
O desempenho positivo no mercado de trabalho norte-americano pressionou o dólar em escala global, reduzindo as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) realize cortes nas taxas de juros na próxima reunião. Desde setembro, os juros básicos da maior economia do mundo já foram reduzidos duas vezes, atualmente estando numa faixa de 4,5% a 4,75% ao ano.
Impacto no mercado brasileiro
No Brasil, o mercado financeiro continuou sob pressão devido à tramitação das propostas do pacote de corte de gastos obrigatórios encaminhadas pelo governo. O receio de que o Congresso possa desidratar as medidas, especialmente retirando as mudanças propostas no Benefício de Prestação Continuada (BPC), foi mal recebido pelos investidores, contribuindo para a instabilidade nos mercados.
Com o cenário externo e interno impactando as decisões dos investidores, o mercado financeiro brasileiro segue atento às movimentações econômicas globais e às decisões políticas locais, em busca de sinais que possam influenciar os rumos da economia e dos investimentos no país.
*Com informações da Reuters
Fonte: Agência Brasil
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