Dólar atinge R$ 5,51, maior valor desde janeiro de 2022

Dólar atinge maior valor em dois anos e meio

No meio de um dia tenso para o mercado financeiro, o dólar alcançou o maior valor em dois anos e meio. Enquanto isso, a bolsa de valores encerrou com uma leve alta, impulsionada por ações de empresas exportadoras beneficiadas pela valorização da moeda norte-americana.

Dólar comercial em alta

O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,519, com uma valorização de R$ 0,065 (+1,2%). Durante todo o período de negociação, a cotação da moeda apresentou tendência de alta, atingindo o valor máximo de R$ 5,52 por volta das 16h.

Desempenho da moeda norte-americana

Com esse desempenho, o dólar atingiu o maior valor desde 18 de janeiro de 2022, quando encerrou em R$ 5,56. No acumulado do mês de junho, a moeda norte-americana registra uma alta de 5,14% e, no ano de 2024, uma valorização de 13,72%.

Volatilidade no mercado de ações

No mercado de ações, houve volatilidade ao longo do dia. Após operar em baixa na maior parte do tempo, o índice Ibovespa, da B3, encerrou o pregão aos 122.701 pontos, com uma leve alta de 0,3%. Na semana, o indicador acumula um ganho de 1,07%.

Turbulências internas e externas

A sessão foi marcada por turbulências tanto no cenário interno quanto no externo. Internacionalmente, as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano voltaram a subir, o que influenciou a cotação do dólar em diversos países. Além disso, juros elevados nas economias avançadas incentivam a fuga de capitais de nações emergentes, como o Brasil.

Fatores internos de instabilidade

No âmbito interno, diversos fatores contribuíram para a instabilidade. Em uma entrevista ao Portal UOL, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionou que o plano de ajuste fiscal priorizará o aumento da arrecadação em detrimento dos cortes de gastos, declaração que não foi bem recebida pelo mercado financeiro.

Além disso, a divulgação de um déficit primário de R$ 61 bilhões em maio, impulsionado pela antecipação do décimo terceiro para a Previdência Social, contribuiu para aumentar a tensão nos mercados. O resultado foi pior do que as expectativas do Prisma Fiscal, pesquisa do Ministério da Fazenda em parceria com instituições financeiras, que previam um déficit de R$ 38,5 bilhões nas contas públicas.

Com informações da Reuters

Fonte: Agência Brasil

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