Desmatamento na Amazônia: o impacto ambiental e econômico



O desmatamento na Amazônia tem sido uma preocupação constante de ambientalistas e governos ao redor do mundo. A maior floresta tropical do planeta tem sido alvo de atividades ilegais e degradação ambiental, o que traz consequências não apenas para a biodiversidade local, mas também para o clima global e para a economia da região.



Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a Amazônia perdeu mais de 7.500 quilômetros quadrados de floresta entre agosto de 2020 e julho de 2021, um aumento de 13,6% em relação ao período anterior. Esse cenário alarmante coloca em risco não apenas a fauna e flora da região, mas também o equilíbrio ambiental do planeta.



O desmatamento na Amazônia é impulsionado por diferentes fatores, como a expansão da agricultura e pecuária, a exploração ilegal de madeira, a mineração e a construção de infraestrutura, como estradas e hidrelétricas. Essas atividades geram impactos diretos na floresta, levando à perda de habitats naturais, à fragmentação de ecossistemas e ao comprometimento de serviços ambientais essenciais, como a regulação do clima e a conservação da biodiversidade.



Além dos impactos ambientais, o desmatamento na Amazônia também traz consequências econômicas negativas para a região. A degradação da floresta reduz a capacidade de regulação climática, aumentando os riscos de eventos extremos, como secas e inundações, que afetam diretamente a atividade agropecuária e a geração de energia, por exemplo.



Outro aspecto importante a ser considerado é o potencial turístico da Amazônia, que é amplamente impactado pelo desmatamento e pela degradação ambiental. A floresta tropical é um dos principais destinos de ecoturismo do mundo, atraindo milhares de visitantes interessados em conhecer a sua rica biodiversidade e cultura tradicional. No entanto, a perda de áreas naturais e a degradação dos ecossistemas comprometem a atratividade da região, afetando a economia local e a geração de empregos no setor de turismo.



Diante desse cenário preocupante, é fundamental que medidas efetivas sejam adotadas para combater o desmatamento na Amazônia. Isso inclui a aplicação rigorosa das leis ambientais, o fortalecimento dos órgãos de fiscalização e controle, o incentivo a práticas sustentáveis de uso da terra e o engajamento da sociedade civil na proteção da floresta e da biodiversidade.



Além disso, é necessário promover a valorização da floresta em pé, reconhecendo os benefícios econômicos, sociais e ambientais que ela proporciona. Iniciativas como o pagamento por serviços ambientais, a certificação de produtos sustentáveis e o desenvolvimento de cadeias produtivas responsáveis são fundamentais para garantir a conservação da Amazônia e o bem-estar das comunidades que dependem dela.



O combate ao desmatamento na Amazônia não é uma tarefa fácil, mas é urgente e necessária para garantir a preservação dessa que é considerada o pulmão do mundo. Ações coordenadas entre governos, setor privado, organizações não governamentais e comunidades locais são essenciais para reverter esse quadro e construir um futuro sustentável para a região e para o planeta como um todo.



É preciso agir agora para proteger a Amazônia e todas as suas riquezas naturais, antes que seja tarde demais. O tempo urge e a responsabilidade é de todos nós.


Governo federal anuncia ações para promover a cultura afro-brasileira, geração de empregos e liberdade religiosa

O governo federal anunciou, nesta sexta-feira (29), um conjunto de ações com o objetivo de valorizar a história e a cultura afro-brasileira, gerar emprego e renda para a população negra em geral e promover o respeito à liberdade religiosa no país.


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Desapropriação de terras quilombolas em diversos estados do Brasil

Entre as medidas anunciadas nesta sexta-feira (29), está a desapropriação de terras na Bahia, no Maranhão, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, na Paraíba, no Piauí, Paraná e em São Paulo. Segundo o Palácio do Planalto, os decretos de Declaração de Interesse Social para Quilombos, assinados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, beneficiarão 1.123 famílias e cerca de 4 mil quilombolas de 15 territórios.

A titulação desses territórios quilombolas é o primeiro passo para garantir autonomia e proteção das comunidades, promovendo a preservação de suas tradições culturais. De acordo com o governo federal, o conjunto de áreas desapropriadas para titulação dos territórios quilombolas é o maior desde 2008, quando Lula, em seu segundo mandato, entregou 30 áreas.

Realizada no último dia útil do mês em que se celebra o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra (20 de novembro), a cerimônia de assinatura dos decretos contou com a presença das ministras da Igualdade Racial, Anielle Franco, e da Saúde, Nísia Trindade, e do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

Destaque para a liderança quilombola Mãe Bernadete

“Uma alegria iniciar o sábado renovada com os 15 decretos de declaração de interesse social para quilombos assinados ontem pelo presidente Lula. Entre eles, o Quilombo Pitanga de Palmares, em Simões Filho (BA) e Candeias (BA), onde a líder quilombola Mãe Bernadete foi assassinada no ano passado”, comentou Anielle, hoje (30), em suas redes sociais.

Líder quilombola, yalorixá e ex-secretária de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho, Maria Bernadete Pacífico, a Mãe Bernadete, foi morta a tiros por criminosos que invadiram a comunidade e fizeram ela e parentes dela reféns, em agosto de 2023. Seis anos antes, o filho de Mãe Bernadete, Binho do Quilombo, já tinha sido morto a tiros, no município. Em agosto do ano passado, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) reconheceu a delimitação do território quilombola.

Além de Pitanga de Palmares, foram beneficiados pelos decretos presidenciais os seguintes quilombos em diferentes estados do Brasil.

Afroturismo: promovendo o turismo voltado à cultura afro-brasileira

Na ocasião, o presidente também assinou um decreto instituindo o Programa Rotas Negras. Segundo o governo federal, a iniciativa prevê o investimento de cerca de R$ 63 milhões, até 2026, para promover o turismo voltado à cultura afro-brasileira e contribuir para a promoção da igualdade racial.

A proposta do programa é incentivar a preservação e a valorização da memória e do patrimônio cultural e histórico negro, contribuindo para o enfrentamento do racismo no país; fomentar as rotas de turismo a partir da memória, da ancestralidade, do patrimônio e da cultura negra e incentivar a adesão dos entes federativos ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir) e ao Mapa do Turismo Brasileiro.

Também busca fomentar a economia criativa e circular para a geração de emprego e renda para a população negra inserida na cadeia produtiva do turismo; desenvolver novos modelos de produtos e serviços turísticos relacionados à cultura afro-brasileira e incentivar experiências ou serviços turísticos relacionados à cultura afro-brasileira nacional e internacionalmente.

Segundo o Ministério do Turismo, o chamado afroturismo é “uma jornada de reconexão, valorização e aprendizado” em um país “onde as heranças africanas estão profundamente enraizadas na identidade e diversidade cultural” e vem ganhando cada vez mais relevância na agenda governamental. Para melhor apoiar e dar mais visibilidade as ações do segmento, a pasta está mapeando as iniciativas, políticas públicas e atrativos estaduais e municipais.

Liberdade religiosa: Política Nacional de Povos de Matriz Africana e Terreiro

Os representantes dos ministérios da Igualdade Racial; dos Direitos Humanos e da Cidadania; da Cultura; da Justiça e Segurança Pública e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar assinaram também a Política Nacional de Povos de Matriz Africana e Terreiro.

Com investimentos que superam R$ 115 milhões e envolvem 11 órgãos federais, a iniciativa busca valorizar a ancestralidade africana no Brasil, valorizando os saberes e as práticas dos povos tradicionais e do enfrentamento do racismo religioso.

No seu perfil no X (antigo Twitter), Lula comentou que a política nacional busca “promover o respeito e a liberdade religiosa”.

Ainda no âmbito das políticas públicas anunciadas por ocasião do Novembro Negro, o governo federal anunciou um novo protocolo para assistência farmacêutica a pessoas com doença falciforme, enfermidade genética e hereditária caracterizada por uma mutação no gene que produz a hemoglobina (HbA) e que, proporcionalmente, atinge mais as pessoas negras.

Em uma publicação nas redes sociais, o Ministério da Igualdade Racial informou que a medida “amplia o cuidado com a saúde da população negra, com assistência farmacêutica que melhora o prognóstico dos pacientes e promove mais qualidade de vida, especialmente para crianças”.

O Ministério da Igualdade Racial e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também assinaram um convênio que prevê a destinação de R$ 33 milhões para apoiar projetos para a elaboração e implementação de Planos de Gestão Territorial e Ambiental Quilombola (Pgtaq) na Amazônia Legal – território composto por nove estados brasileiros: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.

Batizada de Naturezas Quilombolas, a iniciativa receberá recursos do Fundo Amazônia, geridos pelo BNDES, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Os planos de gestão territorial e ambiental são o principal meio de implementação da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental Quilombola (Pngtaq), instituída em 2023.

“Estamos fazendo o maior investimento desta gestão nessa política tão necessária”, comentou a Anielle Franco. “Estamos falando de uma política que reconhece que, assim como nos territórios indígenas, os quilombolas são os que melhor preservam o meio ambiente, com seus modos de vida e sistemas sustentáveis”, concluiu a ministra.

Fonte: Agência Brasil

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