Desembargador vota contra Moro em julgamento

Desembargador vota a favor da cassação do senador Sergio Moro

O desembargador Julio Jacob Júnior, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, sediado em Curitiba, votou nesta terça-feira (9) a favor da cassação do senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato. Com o voto do magistrado, o placar do julgamento está 3 a 2 contra a cassação de Moro. É a quarta sessão de julgamento.

Decisão do desembargador Julio Jacob Júnior

Nas sessões anteriores, os desembargadores Luciano Carrasco Falavinha Souza, Claudia Cristina Cristofani e Guilherme Frederico Hernandes Denz votaram contra a cassação. O desembargador José Rodrigo Sade proferiu outro voto pela cassação. Ao justificar voto pela cassação, Jacob Júnior citou que a pré-campanha de Moro realizou gastos com voos de jatinho, equipe de segurança, impulsionamento em redes sociais e produção de vídeos promocionais, que, segundo o desembargador, quebrou a igualdade com os demais pré-candidatos.

Argumentação do desembargador

“Ao ex-juiz Sergio Moro era dado naquele momento a necessidade de resgatar todo o prestígio perdido que havia perdido ao se candidatar ao cargo de senador por outra unidade da federação. Esse resgate, pelo comprovado nos autos, aconteceu com a utilização indistinta e desmedida de recursos públicos”, afirmou o desembargador.

Acusação do Ministério Público

O Ministério Público acusou Moro de “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador diante dos “altos investimentos financeiros” realizados antes de Moro deixar a sigla e se candidatar ao Senado pelo União. Foram apontados gastos aproximados de R$ 2 milhões com o evento de filiação de Moro ao Podemos e a produção de vídeos para promoção pessoal, além de consultorias eleitorais. O PL e o PT também apontaram supostos gastos irregulares.

Defesa de Sergio Moro

A defesa de Moro negou irregularidades na pré-campanha e defendeu a manutenção do mandato. O advogado Gustavo Guedes afirmou que Moro não se elegeu no Paraná pela suposta pré-campanha “mais robusta”, conforme acusam as legendas. O julgamento prossegue para a tomada de mais dois votos.

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