
Ministro da Previdência estima descontos indevidos entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, informou nesta terça-feira (10) que ainda não possui o número final dos descontos indevidos realizados por entidades associativas nos pagamentos a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No entanto, ele estima que o valor esteja na faixa entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões.
Durante uma audiência conjunta das comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa; Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família na Câmara dos Deputados, o ministro destacou que o valor de R$ 6 bilhões seria alcançado se todas as pessoas tivessem sido descontadas durante o período máximo do prazo prescricional de cinco anos e se todos os descontos fossem não autorizados.
Avaliação dos Descontos
Segundo Wolney, o número exato dos descontos só será conhecido após o término dos atendimentos aos aposentados e pensionistas, seja pelo aplicativo Meu INSS, agências do INSS ou dos Correios. Até o momento, cerca de 3 milhões de aposentados e pensionistas solicitaram o ressarcimento de valores indevidamente descontados.
O ministro ressaltou que o cálculo exato depende da autodeclaração dos beneficiários. Com uma base de nove milhões de pessoas que foram descontadas em algum valor durante um período, a contabilização final ocorrerá somente quando cada uma delas declarar se concordou ou não com os descontos.
Associações Contestadas
De acordo com os dados apresentados por Wolney, três associações foram as mais contestadas por aposentados e pensionistas devido a descontos irregulares entre 2021 e 2022. Essas três entidades correspondem a 22% dos requerimentos registrados até 8 de junho, totalizando 689.419 reclamações.
Ações do Governo
O ministro reafirmou o compromisso do governo federal em realizar uma busca ativa para localizar e atender os aposentados e pensionistas que foram vítimas de descontos irregulares na folha de pagamento. Além dos canais tradicionais, a ideia é disponibilizar atendimento mais próximo a domicílios situados em áreas remotas, garantindo que os serviços de acesso ao sistema previdenciário alcancem até mesmo pessoas com mobilidade reduzida.
Durante a audiência, Wolney mencionou que recebeu orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ir até as últimas consequências a fim de descobrir e punir os responsáveis pela fraude. Lula demonstrou indignação com o golpe aplicado contra aposentados e pensionistas, um público que sempre foi priorizado pelo governo progressista.
O ministro enfatizou a importância de que o dinheiro utilizado para ressarcir o governo e, consequentemente, os aposentados, seja proveniente daqueles que cometeram a fraude, bem como das associações fraudulentas envolvidas.
Fonte: Agência Brasil
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