
Medidas unilaterais de Trump geram preocupação na economia global
Medidas unilaterais como as tarifas comerciais impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, são ruins para a economia global, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta terça-feira (11). Haddad destacou que o impacto sobre a economia brasileira ainda não foi avaliado e que o governo está levantando informações para decidir como reagirá à sobretaxação em 25% do aço e do alumínio importados pelos Estados Unidos.
Avaliação de Haddad
Segundo Haddad, medidas unilaterais desse tipo são contraproducentes para a melhoria da economia global. Ele ressaltou que a economia global perde com a retração e desglobalização que está ocorrendo, defendendo uma globalização sustentável do ponto de vista social e ambiental.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) está organizando as informações sobre a decisão de Trump e os dados sobre o impacto na economia brasileira serão levados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma decisão.
Reações internacionais
Ressaltando que a tarifa sobre o aço e o alumínio afeta não apenas o Brasil, Haddad mencionou que o governo brasileiro pode negociar com base nas diretrizes do G20. Ele afirmou que é uma decisão genérica para todos os países e que é possível voltar à mesa de negociações com propostas nessa direção.
O Itamaraty também está envolvido nas discussões e até o momento não há avaliações sobre os impactos na economia brasileira. Haddad planeja se reunir com as indústrias de alumínio e aço após uma viagem ao Oriente Médio.
CNI lamenta decisão de Trump
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) emitiu uma nota lamentando a decisão de Trump. A entidade destacou que o Brasil é o quarto maior exportador de ferro e aço para os Estados Unidos, representando 54% das vendas externas desses produtos.
Segundo a CNI, o Brasil não representa uma ameaça comercial aos Estados Unidos e a balança comercial entre os países tem sido favorável aos americanos. Em 2024, o Brasil exportou US$ 40,4 bilhões e importou US$ 40,7 bilhões.
A entidade buscará o diálogo e negociará alternativas para reverter a elevação das tarifas, destacando que o caminho do diálogo é preferencial a medidas de retaliação que possam prejudicar outros setores produtivos.
Fonte: Agência Brasil
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