Os deputados federais de Roraima, Nicoletti e Pastor Diniz, ambos do partido União Brasil, manifestaram oposição à prisão em flagrante e sem fiança do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de ser o mandante do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Brazão foi previamente expulso pelo União Brasil em meio aos desdobramentos da investigação conduzida pela Polícia Federal (PF).
Como presidente estadual da sigla, Nicoletti declarou, logo após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) recomendar a manutenção da prisão, que a detenção do ex-colega de partido é “inconstitucional” e uma afronta do Poder Judiciário ao Legislativo. No entanto, ele afirmou ser favorável à cassação do parlamentar por quebra de decoro parlamentar.
“Ninguém está aqui discutindo o mérito do que aconteceu, que fique bem claro aqui. Mas nós temos a Constituição bem clara também: artigo 53, parágrafo 2º, onde diz que parlamentar só pode ser preso em flagrante de crime inafiançável. Eles usaram uma prisão preventiva, isso abre um precedente para prisão de parlamentares, principalmente de direita, por seus votos, pelas suas opiniões, contrárias muitas vezes ao Judiciário”, afirmou Nicoletti.
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