Deputado do PT completa lista para relatar cassação

Deputada federal Rosângela Reis pede para ser excluída da lista tríplice para relatar caso de Chiquinho Brazão

A deputada federal Rosângela Reis (PL-MG) solicitou sua exclusão da lista tríplice sorteada para relatar a representação feita no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra o parlamentar Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). A acusação contra Brazão é a de ser o mandante do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018.

Desistência e novo sorteio

Com a desistência de Rosângela Reis, o Conselho de Ética realizou um novo sorteio e o deputado Jorge Solla (PT-BA) foi o nome escolhido. Rosângela foi a quarta a desistir de relatar o caso, que pode resultar na cassação do mandato de Brazão. Nas sessões anteriores, os três primeiros parlamentares sorteados também recusaram a função.

Agora, com o novo nome sorteado, o presidente do colegiado, Leur Lomanto Júnior (União-BA), terá que escolher o relator entre os deputados Joseildo Ramos (PT-BA), Jorge Solla (PT-BA) e Jack Rocha (PT-ES). A decisão sobre o relator será tomada na próxima sessão, cuja data ainda não foi marcada.

“Sou inocente”: defesa de Chiquinho Brazão

O deputado Chiquinho Brazão teve a oportunidade de falar por três minutos no Conselho de Ética e defendeu sua inocência. Ele reconheceu a gravidade das acusações e pediu que, se inocentado, os deputados façam retratações perante a opinião pública e mencionou o sofrimento de sua família diante do caso.

Sobre as acusações, Brazão afirmou: “Eu vou me resumir a dizer a vocês que sou inocente, que provarei a minha inocência e que compreendo o momento que vocês estão passando com uma grande mídia forçando em cima”.

Contexto e investigações

As investigações sobre o assassinato de Marielle Franco apontam para motivações ligadas a questões fundiárias envolvendo as milícias do Rio de Janeiro. O relatório da Polícia Federal aponta uma divergência entre a vereadora e o grupo político do então vereador Chiquinho Brazão em relação a um Projeto de Lei que buscava formalizar um condomínio na zona oeste da capital fluminense.

Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a investigação da PF revelou a motivação básica por trás do assassinato de Marielle, relacionada com as divergências sobre o uso de terras para fins comerciais ou sociais.

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