
Ex-engenheiro responsável por minas de sal-gema afundadas em Maceió se cala em CPI
O ex-engenheiro responsável pela exploração das minas de sal-gema que afundaram em Maceió, Paulo Roberto Cabral de Melo, optou por ficar em silêncio diante das perguntas feitas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga as atividades da Braskem. Esse silêncio resultou no deslocamento forçado de pelo menos 40 mil pessoas dos bairros afetados na capital alagoana.
Defesa obtém habeas corpus para manter silêncio
O advogado de Paulo Roberto Cabral de Melo conseguiu um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal (STF), Alexandre de Moraes, garantindo o direito do ex-engenheiro de permanecer em silêncio durante o depoimento na CPI. No início da sessão, Cabral de Melo fez uma breve justificativa para sua escolha em se calar diante das perguntas.
Investigado alega motivos para ficar em silêncio
O engenheiro destacou que é alvo de investigações e inquéritos policiais, havendo inclusive busca e apreensão em sua residência, bem como quebra de sigilo fiscal, bancário, telemático e telefônico pela comissão do Senado. Diante disso, orientado por sua advogada, decidiu não responder às perguntas relacionadas às suas atividades na Braskem.
“Por esses motivos, por orientação da minha advogada que me assiste e está presente, eu não devo responder às perguntas relativas à minha atividade na Braskem ou denominações anteriores da empresa, apesar de respeitar o trabalho desta CPI.”
Relator questiona passado na empresa
Mesmo com a decisão de se calar, o relator da CPI, senador Rogério Carvalho (PT-SE), fez questionamentos ao ex-engenheiro, indagando sobre problemas documentados durante sua gestão na empresa. Paulo Roberto Cabral de Melo atuou na Braskem desde 1976, sendo gerente da planta de mineração em Maceió até 1997 e posteriormente consultor de sua própria empresa, Consalt Consultoria Mineral Ltda.
O relatório final da investigação da CPI da Braskem deve ser apresentado nesta quarta-feira (15), a partir das 9h, no Senado, sendo necessária a aprovação da maioria do colegiado. O prazo para a conclusão dos trabalhos da comissão é estipulado para o dia 22 de março.
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