Falta de Atualização de Metas do Acordo de Paris Preocupa Organizadores da COP30

Faltando pouco mais de 80 dias para o início da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, cerca de 80% dos 197 países que assinaram o Acordo de Paris ainda não atualizaram suas metas de redução dos gases do efeito estufa, que causam o aquecimento global.

Alerta do Presidente da COP30

O alerta foi registrado pelo embaixador André Corrêa do Lago, presidente designado da COP30, na sua sexta carta enviada à comunidade internacional, nesta terça-feira (19). Essas metas são chamadas de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês).

“Ao cruzarmos a marca dos 100 dias antes da COP30, cerca de quatro quintos (4/5) dos membros do Acordo de Paris ainda não apresentaram novas NDCs para 2035”, advertiu Corrêa Lago.

Desafios do Acordo de Paris

Maior tratado mundial firmado para evitar a piora dos impactos climáticos e limitar o aquecimento global em 1,5 grau Celsius (ºC), o Acordo de Paris completa dez anos neste ano, mas as nações têm falhado em cumpri-lo.

O aquecimento de 1,5°C acima da temperatura média na Terra no período pré-industrial, no Século 19, é considerado o limite para que as consequências das mudanças climáticas possam ser contidas. Acima disso, pesquisadores apontam que pode haver um “ponto de não retorno”.

Até 2035, para estabilizar os termômetros nesse nível, será necessário reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 57%, segundo aponta o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Expectativas para a Atualização das Metas

A expectativa é que boa parte dos países que ainda não realizaram a apresentação das NDCs divulguem as metas até o dia 24 de setembro de 2025, quando um evento específico será realizado pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, às margens da 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos.

Antecipação de Consultas

A presidência da COP30 também anunciou nesta terça a antecipação das consultas para temas centrais da conferência, o que tradicionalmente só ocorre durante a segunda semana do evento.

“Para garantir que nosso trabalho em torno dessas questões seja fortemente fundamentado em um processo inclusivo, transparente e previsível, com vistas à COP30, estou lançando imediatamente as ‘Consultas da Presidência da COP30’ no período entre as sessões dos Órgãos Subsidiários [SBs, da sigla em inglês], a fim de alcançar avanços que, de outra forma, ficariam para as duas semanas da COP”, destacou Corrêa Lago.

Segundo o embaixador brasileiro, as consultas no período entre as sessões serão realizadas em coordenação com a presidência da COP29 e os presidentes dos Órgãos Subsidiários.

As consultas devem começar em sessões preliminares realizadas online nas próximas semanas. Em seguida, haverá duas consultas presenciais com todos os grupos negociadores e países. A primeira ocorrerá em 25 de setembro, em Nova York, no mesmo período em que a cidade recebe a 80ª Assembleia Geral da ONU. E a segunda está programada para 15 de outubro, em Brasília, após a Reunião Ministerial de Alto Nível da Pré-COP.

Na COP30, as consultas da presidência serão retomadas partir de 10 de novembro de 2025. Em paralelo às consultas, a presidência da COP30 deverá buscar representantes internacionais consultas adicionais sobre cinco blocos fundamentais para os resultados da COP30: mitigação, adaptação, meios de implementação, transição justa e GST (balanço global que avalia as metas de redução de emissões a cada dois anos).

Fonte: Agência Brasil

Novo estudo revela os impactos do isolamento social na saúde mental durante a pandemia

Com a chegada da pandemia de Covid-19 em 2020, medidas de isolamento social foram implementadas em todo o mundo como forma de conter a propagação do vírus. No entanto, um novo estudo realizado por pesquisadores da área da saúde mental revelou os impactos negativos que o isolamento social pode ter na saúde mental das pessoas.

Segundo os resultados da pesquisa, o isolamento social prolongado pode levar a um aumento nos níveis de estresse, ansiedade e depressão. Além disso, a falta de interação social pode contribuir para sentimentos de solidão e isolamento, o que pode agravar ainda mais problemas de saúde mental.

Os pesquisadores também observaram que o isolamento social pode afetar negativamente a qualidade do sono das pessoas, levando a distúrbios como insônia e dificuldade para dormir. Isso pode ter um impacto significativo na saúde física e mental das pessoas, já que o sono desempenha um papel fundamental na regulação do humor e no funcionamento cognitivo.

Além disso, o estudo mostrou que o isolamento social pode aumentar o risco de desenvolvimento de transtornos mentais mais graves, como transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e transtorno de ansiedade generalizada (TAG). Esses transtornos podem ter um impacto duradouro na vida das pessoas e requerem intervenção profissional para o tratamento adequado.

Diante desses resultados, os pesquisadores ressaltam a importância de buscar formas de manter a conexão social mesmo durante o isolamento. Atividades como videochamadas com amigos e familiares, participação em grupos online e prática de exercícios físicos em casa podem ajudar a reduzir os impactos negativos do isolamento social na saúde mental.

Além disso, é fundamental que as pessoas fiquem atentas aos sinais de problemas de saúde mental e busquem ajuda profissional quando necessário. A telemedicina tem se mostrado uma ferramenta eficaz para o acompanhamento de pacientes com transtornos mentais durante a pandemia, garantindo o acesso ao tratamento mesmo em tempos de distanciamento social.

Em resumo, o estudo destaca a importância de cuidar da saúde mental durante o período de isolamento social, buscando formas de manter a conexão social e procurando ajuda profissional quando necessário. A pandemia de Covid-19 trouxe desafios sem precedentes para a saúde mental das pessoas, mas é possível superá-los com o apoio adequado e ações preventivas.

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