
OMS alerta para morte de quase 76 mil crianças por ano na Europa
Quase 76 mil crianças morrem anualmente na Europa antes de completar cinco anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A organização alertou que as doenças não transmissíveis são responsáveis pela morte de uma em cada seis pessoas antes dos 70 anos. Os dados foram divulgados em relatório que abrange países da Europa e da Ásia Central.
Mortalidade infantil e crônicas
O estudo da OMS revelou que mesmo com sistemas de saúde fortes, a região apresenta indicadores estagnados ou em retrocesso, especialmente em relação à saúde infantil e doenças crônicas. Complicações no parto prematuro, asfixia no parto, anomalias cardíacas congênitas, infecções respiratórias inferiores e sepse neonatal são apontadas como as principais causas de morte em crianças antes dos cinco anos.
Situação em Portugal e Turquemenistão
Em relação à taxa de mortalidade neonatal, Portugal se destaca com indicadores positivos, enquanto o Turquemenistão lidera com números mais preocupantes. A saúde mental, especialmente entre crianças e adolescentes, foi identificada como uma prioridade urgente, com o cyberbullying afetando 15% dos adolescentes na região europeia.
Prevalência de transtornos depressivos
A OMS aponta um aumento na prevalência de perturbações depressivas na população, com destaque para Grécia, Portugal e Lituânia. A região europeia também apresenta altos índices de consumo de álcool e tabaco, sendo que Portugal se encontrava acima da média europeia em consumo de álcool em 2020.
Doenças não transmissíveis e metas da OMS
Apesar dos avanços, uma em cada seis pessoas na região europeia morre antes dos 70 anos devido a doenças não transmissíveis. A OMS destaca que pelo menos dez Estados-membros atingiram a meta de redução de 25% da mortalidade prematura. A demência é apontada como uma das principais causas de incapacidade na região.
Vacinação e cobertura vacinal
A pandemia de covid-19 evidenciou lacunas na cobertura vacinal em alguns países, levando ao ressurgimento de doenças preveníveis, como o sarampo e a tosse convulsa. Apenas sete Estados-membros alcançaram cobertura igual ou superior a 95% em todas as três vacinas especificadas. A OMS alerta para a importância da vacinação e da terapêutica antirretroviral para pessoas vivendo com HIV na região.
Preparo para emergências e impacto das mudanças climáticas
A OMS ressalta que os sistemas de saúde não estão preparados para futuras emergências sanitárias, especialmente diante do impacto das mudanças climáticas na saúde. A escassez e má distribuição de profissionais de saúde são apontadas como desafios, com a migração de profissionais de países de baixo para alto rendimento sendo uma realidade preocupante.
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