Cármen Lúcia defende urnas eletrônicas em resposta a advogado de Ramagem

Ministra Cármen Lúcia rebate advogado durante julgamento no STF

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma intervenção durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus do núcleo 1 da trama golpista. O advogado Paulo Renato Cintra, defensor do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, teve suas falas rebatidas pela ministra.

Expressões “voto impresso” e “voto auditável” são distintas, afirma ministra

Durante sua sustentação oral, Cintra utilizou as expressões “voto impresso” e “voto auditável” como sinônimos ao defender que Ramagem não participou da difusão de desinformação para atacar o sistema eleitoral. No entanto, a ministra Cármen Lúcia, na condição de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), esclareceu que essas expressões não são a mesma coisa.

“Vossa Senhoria usou, com muita frequência, como se fosse a mesma coisa, não é. O que foi dito o tempo todo é essa confusão para criar uma confusão na cabeça da brasileira e do brasileiro para colocar em xeque”, afirmou a ministra.

A ministra afirmou que as urnas eletrônicas são auditáveis desde 1996, quando começaram a ser utilizadas nas eleições. Ela destacou a importância de esclarecer essa diferença para evitar confusões e desinformação.

Defesa de Ramagem e as acusações da PGR

O advogado Cintra explicou que usou as expressões “voto impresso” e “voto auditável” como sinônimos devido aos termos tratados nas conversas de WhatsApp entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, conforme consta na acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele ressaltou que esses termos estavam presentes no texto que circulava entre os acusados.

No contexto do julgamento do núcleo 1 da trama golpista, no qual Ramagem é réu, Cintra também mencionou que os casos de monitoramento ilegal citados pela PGR na denúncia ocorreram antes da posse de Ramagem no comando da Abin.

A sessão continua para a realização das sustentações dos demais advogados envolvidos no caso.

Fonte: Agência Brasil

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