
Ministério das Relações Exteriores repudia manifestações dos EUA
O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota nesta terça-feira (15) em que o governo brasileiro expressa sua indignação diante das recentes declarações do Departamento de Estado norte-americano e da embaixada dos Estados Unidos em Brasília. As manifestações, consideradas como uma nova intromissão “indevida e inaceitável” em assuntos sob a responsabilidade do Poder Judiciário brasileiro, foram feitas em redes sociais.
Relação de respeito e amizade abalada
“Tais manifestações não condizem com os 200 anos da relação de respeito e amizade entre os dois países”, destacou o ministério, liderado pelo chanceler Mauro Vieira.
O texto publicado pelo Ministério das Relações Exteriores ressalta que, no âmbito comercial, o Brasil tem mantido negociações com autoridades norte-americanas desde março sobre questões tarifárias de interesse mútuo. O governo brasileiro se mostra disposto a dar continuidade a esse diálogo em benefício das economias, dos setores produtivos e das populações de ambos os países. No entanto, destaca que a politização equivocada do assunto não é responsabilidade do Brasil, um país democrático cuja soberania não está e nunca estará sujeita a negociações.
Controvérsia sobre declarações
No dia anterior, segunda-feira (14), o Departamento de Estado dos EUA publicou um texto em uma rede social criticando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, por supostos ataques ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O comunicado afirmava que tais declarações eram “uma vergonha e estão muito abaixo da dignidade das tradições democráticas do Brasil”.
Além disso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus do núcleo 1 da trama golpista. A manifestação foi enviada na segunda-feira ao ministro Alexandre de Moraes como parte das alegações finais, etapa que antecede o julgamento dos acusados, previsto para setembro deste ano.
Fonte: Agência Brasil
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