
O Brasil assume compromisso de incluir cultura oceânica nos currículos escolares
O Brasil tornou-se o primeiro país a oficializar o compromisso de incluir o tema “cultura oceânica” nos currículos escolares nacionais. A decisão foi formalizada por meio do Protocolo de Intenções, assinado durante o Fórum Internacional Currículo Azul, realizado na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília, com a presença de representantes da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Ministra destaca ações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ressaltou que a pasta tem liderado diversas ações relacionadas ao tema oceânico. Entre essas iniciativas está o Programa Escola Azul, que visa criar clubes de ciência, formar jovens embaixadores do oceano, promover a expansão internacional da Olimpíada do Oceano e articular uma rede de universidades comprometidas com a formação de professores.
“O lançamento do Currículo Azul não é um ponto de partida, é a consolidação de um processo vivo, coletivo e comprometido com o futuro. É também um gesto de soberania e visão estratégica: um país que compreende a importância do oceano para o clima, a biodiversidade e o desenvolvimento sustentável está mais preparado para enfrentar os desafios do século 21”, disse a ministra.
Reconhecimento internacional
O diretor-geral assistente da Unesco, Vidar Helgesen, destacou o protagonismo do Brasil com o lançamento federal do Currículo Azul. Segundo ele, essa iniciativa é motivo de orgulho para a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da Unesco.
“A liderança do Brasil reflete a nossa missão: unir governos e a comunidade científica na construção do ‘Oceano que Precisamos para o Futuro que Queremos’. E, como todos sabemos, só é possível alcançar esse futuro por meio da educação”, disse o diretor-geral.
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Outros representantes da Unesco também enfatizaram a importância da educação na formação de cidadãos conscientes sobre a relevância dos oceanos e sua preservação.
Francesca Santoro, oficial sênior de programas da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da Unesco e coordenadora do Escritório de Coordenação da Década do Oceano da ONU sobre Conexões entre as Pessoas e o Oceano, destacou que o Brasil se tornou uma referência global em educação oceânica.
Ronaldo Christofoletti, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e co-presidente do Grupo de Especialistas em Cultura Oceânica da Unesco, destacou a importância da escuta ativa da sociedade brasileira na inclusão da Cultura Oceânica na educação como resposta à voz do povo.
Fórum Currículo Azul: troca de experiências internacionais em educação e cultura oceânica

O Fórum Internacional Currículo Azul teve como objetivo promover a troca de experiências internacionais em educação e cultura oceânica, com foco na defesa da resiliência climática. Destacou-se a importância de relacionar ciência e políticas públicas para conscientização sobre a importância de um oceano saudável e uma sociedade resiliente diante das mudanças climáticas.
O evento abordou a formação de cidadãos informados e proativos para lidar com os novos desafios globais, incluindo questões como segurança alimentar, economia azul inclusiva e sustentável, diversidade de conhecimento e desenvolvimento sustentável.
Fonte: Agência Brasil
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