Brasil espera quebrar jejum de dois anos e meio sem declarações ministeriais aprovadas no G20
O Brasil, atualmente na presidência do G20, se prepara para romper um hiato de dois anos e meio sem a aprovação de declarações ministeriais no fórum econômico. Durante esse período, controvérsias e diferenças entre os países sobre questões geopolíticas dificultaram a aprovação dos documentos. O Secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, embaixador Mauricio Lyrio, que atua como sherpa do Brasil para o G20, ressaltou a importância desse momento.
Acordo para destravar produção de documentos ministeriais
A necessidade de destravar a produção desses documentos ministeriais envolveu um acordo entre os membros do G20. Ficou estabelecido que as declarações consensuadas não exigirão a inclusão de linguagem sobre assuntos geopolíticos. Em contrapartida, cada presidência de grupo emitirá um comunicado abordando esses temas, como explicou o embaixador Mauricio Lyrio durante uma entrevista coletiva sobre a programação do G20 para a próxima semana, que terá eventos concentrados no Rio de Janeiro.
Programação da próxima semana
Estão programadas quatro agendas para a próxima semana, com expectativa de que cada encontro divulgue uma declaração consensuada entre os ministros representantes de cada país. A abertura será na segunda-feira, 22, com a reunião dos ministros do Desenvolvimento, seguido por outro encontro no dia seguinte. Um dos assuntos discutidos será o acesso à água e saneamento, visando mobilizar recursos e intercâmbio entre instituições voltadas para a expansão desses serviços.
A quarta-feira reserva a reunião ministerial da força-tarefa de combate à fome e à pobreza, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já na quinta e sexta-feira, será a vez dos encontros dos ministros de finanças e presidentes dos Bancos Centrais, abordando temas como taxação dos super-ricos e a emergência climática.
Além disso, em Fortaleza (CE), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, presidirá os encontros do GT de Emprego na quinta e sexta-feira. O sherpa do Brasil também destacou a importância da reunião agendada para setembro na sede da ONU, visando discutir a necessidade de uma reforma da governança global.
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