Guilherme Boulos defende arquivamento de representação contra deputado federal por rachadinha
O pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL-SP), participou de uma sabatina promovida pelo site UOL e pelo jornal Folha de S.Paulo nesta sexta-feira, 12. Durante o evento, Boulos defendeu o seu parecer no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados que pedia o arquivamento da representação contra o deputado federal André Janones (Avante-MG) pela suposta prática de “rachadinha”. De acordo com o político, esse tipo de crime é inaceitável, não importando quem o cometa, seja “o Flávio Bolsonaro” ou o próprio “Janones”. Para Boulos, é fundamental que não haja “dois pesos e duas medidas” no colegiado.
Discussão sobre jurisprudência e critérios
Em sua declaração, Boulos ressaltou que a jurisprudência estabelecida no Conselho de Ética da Câmara determina que apenas as ações cometidas durante o atual mandato do parlamentar podem ser julgadas. Ele ainda citou casos de deputados bolsonaristas que não foram julgados pelo colegiado por atos ocorridos antes de assumirem seus cargos. O pré-candidato afirmou que é necessário aplicar os mesmos critérios a todos os parlamentares, independente de sua posição política.
Defesa de Lula e questão da tarifa zero
Boulos também se posicionou em defesa do pedido de voto que o ex-presidente Lula fez para a sua pré-candidatura no ato de 1º de Maio com as centrais sindicais. O político do PSOL destacou que Lula não cometeu erro ao fazer a recomendação durante um evento sindical, que não era oficial de governo. Além disso, Boulos manifestou seu apoio à tarifa zero na cidade, uma bandeira histórica de seu partido, mas ressaltou a necessidade de avaliar os subsídios ao transporte público antes de implementar a medida.
Questionado sobre políticas habitacionais, o pré-candidato afirmou que, se eleito, poderá tomar imóveis abandonados para construir moradias populares, amparando-se na legislação vigente. Boulos defendeu sua atuação no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e reiterou seu compromisso em cumprir as leis em relação à ocupação de imóveis ociosos.
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