
Bolsonaro convoca ato na Avenida Paulista para pedir anistia
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro marcaram presença em um ato na tarde deste domingo (6) na avenida Paulista, região central da capital paulista. O protesto foi convocado por Bolsonaro e teve como objetivo solicitar a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro em Brasília. O evento teve início por volta das 14h e foi focado na defesa de um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados que propõe a anistia a condenados por atos antidemocráticos.
Discurso e defesa de manifestantes
No discurso durante o ato, Bolsonaro defendeu a cabeleireira Débora Rodrigues Santos, que foi presa por participação no ataque golpista e por pichar a estátua “A Justiça” em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) com um batom. Manifestantes vestidos de verde e amarelo exibiram batons em solidariedade a Débora, que já teve a prisão domiciliar concedida.
De acordo com informações da Procuradoria-Geral da República, Débora teria se envolvido com o movimento golpista após as eleições de 2022 e é suspeita de apagar provas e dificultar o trabalho de investigadores e da Justiça.
Reflexões de Bolsonaro e ausência de Eduardo Bolsonaro
No decorrer de seu discurso, Bolsonaro expressou a crença de que teria sido preso se estivesse no Brasil em 8 de janeiro, destacando que sua ausência no país nesse período evitou sua detenção. Ele ainda mencionou a ausência de seu filho, Eduardo Bolsonaro, no ato, que se licenciou do cargo de deputado federal e se mudou para os Estados Unidos alegando perseguição política. Bolsonaro manifestou esperança de que “algo vindo de fora” pudesse influenciar as questões internas no país.
REUTERS/Amanda Perobelli/Proibida reprodução
Inelegibilidade de Bolsonaro
Além de Bolsonaro, diversas autoridades estiveram presentes no ato, incluindo governadores de diferentes estados. Bolsonaro encontra-se inelegível por 8 anos, até 2030, devido a uma decisão da Justiça Eleitoral que considerou uma reunião com embaixadores estrangeiros, realizada em julho de 2022 no Palácio da Alvorada, como uso eleitoral. Nesse encontro, o então presidente fez declarações sem provas desacreditando o sistema eleitoral brasileiro.
Bolsonaro também é réu por tentativa de golpe, juntamente com outras sete pessoas, desde o mês anterior, após decisão unânime da Primeira Turma do STF. Todos os réus, incluindo Bolsonaro, estão sujeitos a um processo penal que pode resultar em condenações e prisões.
Fonte: Agência Brasil
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