Situação crítica atinge bares e restaurantes no Rio Grande do Sul devido às enchentes
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) revelou que mais de um terço dos estabelecimentos gaúchos estão fechados, sem faturamento, em decorrência das enchentes que atingiram o estado desde o fim de abril. Mesmo entre os que conseguiram manter as portas abertas, 94% apontaram queda no faturamento diante da situação de calamidade.
Cenário desafiador
O presidente da Associação, Paulo Solmucci, alertou para a gravidade da situação durante entrevista nesta quarta-feira (29). Ele ressaltou que antes mesmo das enchentes, quase metade dos empreendimentos já operava no prejuízo. Sem recursos e com as operações comprometidas, o setor enfrenta dificuldades para honrar os compromissos, incluindo o pagamento de salários.
Comparação com a pandemia
Para Solmucci, a atual situação é mais crítica do que a enfrentada durante a pandemia da Covid-19. Enquanto no cenário pandêmico era possível operar com entregas, agora os estabelecimentos estão impossibilitados devido à destruição causada pelas enchentes. A falta de suporte efetivo do poder público agrava a crise no setor de bares e restaurantes no estado.
Medidas urgentes
O presidente da Abrasel defende a adoção de medidas urgentes para auxiliar as empresas afetadas, incluindo a criação de uma nova medida provisória semelhante ao Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) adotado durante a pandemia. A falta de acesso a recursos essenciais para a manutenção dos negócios coloca em risco não apenas os estabelecimentos, mas também os empregos gerados por eles.
Apoio do governo
O governo federal anunciou um pacote de R$ 50 bilhões em medidas para apoiar o Rio Grande do Sul, incluindo auxílios aos trabalhadores e empresas afetadas. Além disso, foram disponibilizadas três linhas de financiamento que totalizam até R$ 15 bilhões para empresários de todos os portes no estado.
Soluções emergenciais
Uma das alternativas apresentadas é o lay-off calamidade, que permite a suspensão dos contratos de trabalho com o governo pagando um seguro-desemprego temporário. Essa medida visa aliviar a situação das empresas e garantir a preservação dos postos de trabalho enquanto a crise perdura.
Todas as partes envolvidas são incentivadas a buscar soluções de maneira colaborativa e rápida, a fim de minimizar os impactos negativos causados pelas enchentes nas atividades econômicas do Rio Grande do Sul.
Já segue o macuxi nas redes sociais? Acompanhe todas as notícias em nosso Instagram, Twitter, Facebook, Telegram e também no Tiktok