Delegações estrangeiras dialogam com governo de transição sírio
Após a queda do Presidente Bashar al-Assad, o cenário político na Síria passa por transformações significativas. Delegações estrangeiras têm buscado estabelecer contato com o governo de transição, enquanto o Irã adota uma postura cautelosa diante da nova realidade no país.
Delegações estrangeiras em Damasco
Uma delegação francesa, liderada pelo enviado especial para a Síria Jean-François Guillaume, chegou a Damasco e visitou as instalações da embaixada da França. Guillaume afirmou aos jornalistas que a França está se preparando para apoiar os sírios durante o período de transição.
No mesmo contexto, a bandeira francesa foi hasteada na embaixada, que estava fechada desde 2012. A delegação francesa expressou o interesse em estabelecer contatos com as autoridades em Damasco.
Além disso, diplomatas alemães estão em Damasco para as primeiras conversações com representantes do governo de transição formado pelo grupo Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham/HTS) após a queda de Bashar al-Assad.
Diplomacia ocidental em ação
Diante do novo cenário político na Síria, as chancelarias ocidentais têm adotado medidas para estabelecer contato com o governo de transição. A União Europeia anunciou o envio de um representante a Damasco, enquanto o Reino Unido também enviou uma delegação oficial para o país.
Por outro lado, o Irã, que apoiava o regime de Assad, afirmou que não reabrirá imediatamente sua embaixada em Damasco, saqueada durante a queda do ex-presidente. O país ressalta a importância da segurança para reabrir a representação diplomática na Síria.
Situação política na Síria
Com a queda de Bashar al-Assad, o Irã repatriou cerca de 4 mil cidadãos iranianos que viviam na Síria, onde aproximadamente 10 mil iranianos residiam nos últimos anos. O grupo Hayat Tahrir al-Sham liderou a ofensiva que resultou na queda do regime de Assad, que estava no poder há 24 anos.
O novo governo sírio de transição designou Mohammed al-Bashir como primeiro-ministro interino, estabelecendo um período de transição que se estenderá até março de 2025. As autoridades buscam tranquilizar as capitais estrangeiras e estabelecer contatos com líderes internacionais, diante das incertezas sobre o futuro do país devastado por anos de guerra civil.
A Síria enfrenta desafios complexos, com a presença de países estrangeiros e grupos jihadistas no cenário político. A mudança de regime abre diversas interrogações sobre o futuro do país e a reconstrução após anos de conflitos.
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