Atividade solar afeta satélites Starlink

Estudo da NASA aponta impacto do aumento da atividade solar nos satélites Starlink

Um estudo recente liderado por cientistas do Goddard Space Flight Center da NASA revelou que o aumento da atividade do ciclo solar atual está afetando os satélites da rede Starlink, de Elon Musk. A pesquisa, publicada na revista Frontiers in Astronomy and Space Science, identificou que a intensificação do arrasto atmosférico nas camadas superiores da atmosfera está levando os satélites a perderem altitude e caírem.

Aumento da atividade solar e análise dos satélites Starlink

A equipe de cientistas, liderada pelo físico espacial brasileiro Denny Oliveira, analisou 523 satélites Starlink que retornaram à Terra nos primeiros anos da fase ascendente do ciclo solar 25. Foi observada uma clara correlação entre as reentradas antecipadas na atmosfera e a intensificação da atividade solar.

O ciclo solar é um período marcado pela reversão magnética dos polos do Sol, com duração de aproximadamente 11 anos. O atual ciclo, o 25º, está apresentando um pico de atividade mais intenso do que o esperado, o que tem impactado os satélites em órbita baixa da Terra.

O aumento da atividade solar eleva o arrasto atmosférico, obrigando as espaçonaves a realizarem manobras de correção orbital para manter altitude e estabilidade. Todos os satélites em órbita baixa da Terra estão suscetíveis a essa influência solar. A SpaceX lançou 8.873 unidades da constelação Starlink, das quais 7.669 continuam operacionais.

Principais conclusões e implicações do estudo

Os pesquisadores usaram dados orbitais da Starlink para analisar os impactos de tempestades solares de diferentes intensidades. Desde 2019, quando os lançamentos da Starlink começaram, as reentradas atmosféricas aumentaram significativamente. Em 2024, houve um salto expressivo, com 316 satélites Starlink caindo de volta na Terra, sugerindo uma influência da dinâmica solar.

Os autores do estudo classificaram cada queda de satélite de acordo com o nível de atividade magnética da Terra no momento, descobrindo que a maioria das reentradas ocorreu durante períodos de baixa atividade. Isso se deu devido à degradação sutil das órbitas dos satélites ao longo do tempo.

Oliveira e seus colegas puderam refinar modelos de arrasto orbital, especialmente durante eventos extremos, utilizando os dados coletados pela Starlink. Essa abordagem permite antecipar reentradas, planejar manobras corretivas e reduzir o risco de colisões no espaço.

Para mais informações sobre esse estudo e outros desenvolvimentos relacionados, é importante acompanhar as atualizações da NASA e da SpaceX. O controle eficiente dos processos de reentrada de satélites contribui para a segurança e sustentabilidade do ambiente espacial.

Fonte: TECMUNDO

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