Relatório aponta aumento de estupros registrados em 2022 no Brasil
Em 2022, foram registradas 67.626 ocorrências de estupros em mulheres no Brasil, de acordo com o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam). Isso significa que houve, em média, um estupro a cada 8 minutos no país.
Análise regional
Os dados revelam que a região Sudeste, a mais populosa do país, teve o maior número de ocorrências, somando 22.917 casos, seguida pela região Sul, com 14.812 ocorrências. No Nordeste, foram registrados 14.165 estupros; no Norte, 8.060 casos; e no Centro-Oeste, 7.672 episódios.
Fontes de informações
O Raseam compila estatísticas de pesquisas e registros de diversas fontes, como o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério da Saúde, entre outros, para fornecer uma análise abrangente da situação das mulheres no Brasil.
Contexto da violência
O relatório aponta que a violência contra as mulheres é uma instituição social, que perpetua relações de dominação e exploração. Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde mostram que a maioria dos registros de violência sexual ocorreu contra mulheres.
Agressões e violência doméstica
As estatísticas da saúde indicam que a residência é o principal local de agressão contra mulheres adultas, seguido por vias públicas e locais de lazer. O documento destaca que, em 2022, os agressores eram, em sua maioria, homens.
Impacto na população negra
O relatório aponta que as mulheres negras são as mais vulneráveis à violência sexual, doméstica e outras formas de violência. Além disso, a taxa de mortalidade por homicídios é maior entre mulheres negras, evidenciando a desigualdade racial no país.
Força de trabalho feminina
O Raseam também destaca as desigualdades no mercado de trabalho, indicando que mulheres pardas ou pretas têm taxas de informalidade e remuneração inferiores às mulheres brancas. A Lei 14.611/2023, que busca garantir a igualdade salarial, enfrenta resistência de entidades representativas do setor privado.
Busca pela igualdade
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ressaltou a importância de buscar a igualdade de gênero como um avanço civilizatório e um requisito fundamental para a democracia e a justiça social no país.
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