Brasil celebra remoção de Cuba da lista de terroristas dos EUA

Brasil comemora retirada de Cuba da lista de países que não cooperam no combate ao terrorismo

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil celebrou a decisão do governo dos Estados Unidos de retirar Cuba da lista de países que não cooperam contra o terrorismo. Essa medida foi anunciada em nota publicada na quinta-feira (16) pelo governo brasileiro. Por outro lado, o Brasil condenou a manutenção da ilha caribenha na lista de países que patrocinam o terrorismo.

Repercussão do Brasil e Comunidade Internacional

O Itamaraty expressou satisfação com a retirada de Cuba da lista unilateral dos Estados Unidos e instou o governo norte-americano a excluí-la também da lista de Estados que patrocinam o terrorismo. Segundo o Brasil, a manutenção de Cuba nessa lista é repudiada por grande parte da comunidade internacional, incluindo declarações da América Latina e do Caribe.

A decisão dos EUA foi comunicada em um relatório do Departamento de Estado ao Congresso do país. A lista atual mantém países como Coreia do Norte, Irã, Síria e Venezuela como nações que não cooperam plenamente contra o terrorismo.

Respostas de Cuba e Questões Internacionais

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, comentou sobre a cooperação de Cuba contra o terrorismo após a retirada da lista. Por sua vez, o governo cubano salientou que a exclusão da lista não é suficiente e que é necessário também remover Cuba da lista de patrocinadores do terrorismo e acabar com o embargo econômico de longa data.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores de Cuba, a inclusão na lista de patrocinadores do terrorismo é infundada e serve apenas para impor sanções econômicas coercivas contra Estados soberanos.

Questão eleitoral nos Estados Unidos

A decisão dos Estados Unidos de retirar Cuba da lista de países que não cooperam plenamente no combate ao terrorismo é vista como uma tentativa do governo de Joe Biden de agradar a ala mais à esquerda do Partido Democrata e conquistar o voto latino-americano. Esse movimento ocorre em um momento em que o governo enfrenta desgastes relacionados ao apoio à guerra na Faixa de Gaza.

O sociólogo Carlos Eduardo Martins, especialista em relações entre EUA e América Latina, avaliou que a iniciativa é um aceno para esses segmentos e pode ter impacto nas eleições presidenciais marcadas para 5 de novembro deste ano nos Estados Unidos.

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