Dívida Pública Federal ultrapassa os R$ 6,6 trilhões em março, segundo Tesouro Nacional
Apesar do alto volume de vencimentos, a Dívida Pública Federal (DPF) subiu em março e ultrapassou a marca de R$ 6,6 trilhões. De acordo com números divulgados nesta terça-feira (30) pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 6,595 trilhões em fevereiro para R$ 6,638 trilhões no mês passado, o que representa uma alta de 0,65%.
Dívida Pública Mobiliária (DPMFi) Interna
A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) também apresentou um aumento de 0,67%, passando de R$ 6,319 trilhões em fevereiro para R$ 6,362 trilhões em março. Esse crescimento ocorreu mesmo com o resgate de R$ 12,28 bilhões em títulos a mais do que o valor emitido, principalmente em papéis corrigidos pela Selic.
Apropriação de Juros
Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece mensalmente a correção dos juros que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública. Com a Taxa Selic em 10,75% ao ano, a apropriação de juros tem pressionado o endividamento do governo.
Mercado Externo
No mercado externo, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) subiu 0,21%, passando de R$ 276,14 bilhões em fevereiro para R$ 276,73 bilhões em março. Esse aumento foi impulsionado pelo avanço de 0,26% do dólar no último mês, que apresentou um cenário de valorização da moeda norte-americana.
Colchão e Composição da DPF
O colchão da dívida pública, utilizado em momentos de turbulência, aumentou pelo segundo mês consecutivo, indo de R$ 885 bilhões em fevereiro para R$ 887 bilhões em março. Esse valor atualmente cobre 6,95 meses de vencimentos.
Por causa dos vencimentos de títulos vinculados à Selic, a proporção dos papéis corrigidos pelos juros básicos caiu levemente, enquanto a emissão de títulos prefixados aumentou, mudando a composição da DPF. Além disso, a fatia de títulos corrigidos pela inflação na DPF também apresentou um pequeno crescimento.
Prazo e Detentores da Dívida
O prazo médio da DPF subiu de 4,07 para 4,11 anos, indicando uma extensão do intervalo médio em que o governo leva para renovar a dívida pública. As instituições financeiras seguem como principais detentoras da Dívida Pública Federal interna, com 29,3% de participação, e os não residentes tiveram uma participação maior em março, subindo para 10,2%.
Por meio da dívida pública, o governo obtém recursos emprestados dos investidores para cumprir compromissos financeiros, comprometendo-se a devolver esses recursos posteriormente com alguma correção.
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