Déficit Habitacional no Brasil chega a 6 milhões de domicílios em 2022
O Brasil enfrenta um déficit habitacional preocupante em 2022, totalizando 6 milhões de domicílios no país, o que representa 8,3% do total de habitações ocupadas. Em comparação com 2019, houve um aumento de cerca de 4,2% no déficit, conforme dados divulgados pela Fundação João Pinheiro (FJP) em parceria com a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades.
Causas e Impacto do Déficit Habitacional
A maioria do déficit habitacional está nas famílias com renda de até dois salários mínimos, com destaque para o componente ônus excessivo com aluguel urbano, representando 52,2% do déficit habitacional. A crise econômica e a falta de políticas públicas de moradia agravaram a situação, levando muitas famílias a gastarem mais de 30% de sua renda com aluguel, segundo a diretora da ONG Habitat para a Humanidade Brasil, Socorro Leite.
Distribuição por Região e Características dos Responsáveis
As mulheres são responsáveis por 62,6% dos domicílios em situação de déficit habitacional, enquanto as pessoas negras representam a maioria em praticamente todos os componentes, exceto na região Sul do país. O déficit habitacional absoluto varia por região, com destaque para 2.433.642 domicílios no Sudeste e 1.761.032 no Nordeste.
Regionalmente, as habitações precárias são mais comuns no Norte e Nordeste, enquanto o ônus excessivo com aluguel urbano prevalece no Sudeste, Sul e Centro-Oeste. A falta de investimento em infraestrutura e a necessidade de políticas públicas continuadas são apontadas como soluções para enfrentar o problema.
Fonte dos Dados e Metodologia
Os dados foram obtidos a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE e do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), permitindo uma avaliação ampla e detalhada da situação do déficit habitacional no país em 2022.
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