EUA propõem porto flutuante para ajudar Gaza

Plano dos Estados Unidos para Entrega de Ajuda Humanitária a Gaza Enfrenta Desafios de Segurança

Um plano dos Estados Unidos para entregar ajuda humanitária a Gaza a partir de um porto flutuante no mar enfrenta imensos desafios de segurança, principalmente devido a possíveis ataques hostis e às multidões de civis desesperados na costa.

Participação de Soldados Americanos na Operação

Espera-se que mais de 1 mil soldados americanos participem da operação, embora o Pentágono afirme que não haverá soldados em terra.

Parceria com a Fogbow

Para atingir esse objetivo, os EUA fizeram parceria com uma empresa privada pouco conhecida, a Fogbow, que é dirigida por ex-militares e funcionários dos serviços de informação.

A meta é entregar 2 milhões de refeições por dia a Gaza, onde as Nações Unidas alertaram que a fome é “quase inevitável”.

Organização do Cais

De acordo com o Pentágono, o plano inclui dois componentes principais que precisam ser montados – uma grande doca flutuante feita de segmentos de aço e uma ponte e cais de duas pistas, com 548 metros de extensão.

A ponte será composta por peças de aço interconectadas de 12 metros unidas e fixadas à costa.

Os navios de carga devem entregar os suprimentos no cais e a ajuda será então descarregada em uma série de barcaças e navios menores – conhecidos como navios de apoio logístico (LSVs) – e levada para um cais.

A partir daí, veículos levarão os suprimentos para a terra e para Gaza.

Projeto de Construção Anfíbia

A ponte será montada no mar e “conduzida” para a praia, permitindo que as forças dos EUA evitem pisar em Gaza. Este projeto de construção anfíbia, conhecido como Joint Logistics Over-the-Shore (JLOTS), já foi utilizado pelos militares dos EUA antes em missões de socorro em catástrofes.

Papel da Fogbow

A Fogbow é liderada por ex-militares e funcionários dos serviços de informação e tem como objetivo principal organizar o deslocamento dos suprimentos depois que eles chegarem à costa de Gaza.

A Fogbow ainda está à procura de financiamento e informou vários governos europeus e do Oriente Médio sobre os planos.

Questão da Segurança

Especialistas militares afirmam que o sucesso do plano depende da segurança, tanto contra possíveis ataques hostis em uma zona de combate ativa, quanto pela presença de grandes multidões de civis na área.

O contra-almirante aposentado Mark Montgomery destaca a necessidade de estabelecer um “casulo de segurança” na praia e nas águas próximas para evitar interferências nas operações de ajuda humanitária.

Espera-se que a distribuição seja realizada por palestinos locais desarmados, com a segurança externa sendo administrada pelas Forças de Defesa de Israel.

Impacto da Ajuda Humanitária

De acordo com o departamento de defesa dos EUA, o porto temporário permitirá que 2 milhões de refeições por dia possam entrar em Gaza, muito mais do que é atualmente possível por outras vias.

A forma mais rápida e eficaz de levar ajuda a Gaza é por terra, mas as restrições israelenses dificultam essa opção.

Apesar dos desafios, a instalação do porto temporário é vista como uma alternativa necessária para suprir a demanda por ajuda humanitária em Gaza.

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