Sepultamento de Juliana Marins visa preservação de provas


Família de Juliana Marins opta por sepultamento em vez de cremação

A família da brasileira Juliana Marins, que faleceu após cair em uma trilha do vulcão Rinjani, na Indonésia, informou nesta sexta-feira (4) que optará pelo sepultamento do corpo, em vez da cremação. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro havia conseguido autorização da Justiça para a cremação, que era o desejo da publicitária, porém a família decidiu pelo sepultamento para preservar evidências em caso de necessidade de exumação.

O velório ocorreu no Cemitério Parque da Colina, em Niterói, e foi aberto ao público pela manhã. Posteriormente, a cerimônia foi reservada a amigos e familiares para que o sepultamento ocorresse em seguida.

Ao chegar para o velório, o pai de Juliana, Manoel Marins, agradeceu a mobilização nacional em torno do caso, destacando o apoio da Embaixada do Brasil na Indonésia e dos voluntários que participaram do resgate. Ele expressou que a família busca respostas sobre a demora no socorro, que possivelmente contribuiu para a morte da jovem. Juliana sofreu o acidente no sábado (21), mas o resgate só chegou na terça-feira (24), quando ela já havia falecido.

“Trata-se de despreparo, descaso com a vida humana, negligência e precariedade dos serviços daquele país. É um destino turístico mundialmente conhecido, que depende do turismo para sobreviver e que deveria ter mais estrutura para resgatar as pessoas em situações como essa, mas, infelizmente, não tem”, disse Manoel.

Nova autópsia

Após o retorno do corpo da brasileira ao Brasil, uma nova autópsia foi realizada no Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Rio. A família de Juliana solicitou o exame devido às dúvidas em relação às conclusões do laudo feito por legistas indonésios. A equipe que realizou a necropsia na Indonésia apontou que Juliana faleceu devido a uma hemorragia causada por lesões em órgãos internos, provenientes de trauma contundente. O novo laudo preliminar será divulgado em até sete dias.

Manoel recordou que Juliana era uma pessoa doce e alegre, e expressou a saudade que sente por sua presença.

“Será que algum dia essa saudade vai diminuir? Não sei. Ela não está presente fisicamente, mas está espiritualmente e no coração da gente”, afirmou.

Fonte: Agência Brasil

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