
Brasil solicita à Corte Internacional de Justiça que declare ilegal bloqueio de Israel na Faixa de Gaza
O Brasil solicitou à Corte Internacional de Justiça (CIJ), principal tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU), em Haia, nesta terça-feira (29), que declare ilegal o bloqueio imposto por Israel contra a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, que já dura mais de 50 dias.
Brasil defende direito palestino à autodeterminação e pede intervenção da CIJ
“O Brasil sustenta e espera que o tribunal reconheça que todas as medidas sistematicamente adotadas por Israel para impedir ou dificultar a presença e as atividades das Nações Unidas, de outras organizações internacionais e de terceiros Estados no território palestino ocupado violam flagrantemente não apenas o direito palestino à autodeterminação, mas também outras obrigações fundamentais previstas no direito internacional”, afirmou o embaixador do Brasil na CIJ, Marcelo Viegas.
A CIJ realiza audiências sobre ação movida pela Assembleia Geral da ONU que pede à Corte que se manifeste sobre as obrigações de Israel para “garantir e facilitar a entrada sem obstáculos de suprimentos urgentes essenciais para a sobrevivência da população civil palestina”.
Brasil reforça que Israel deve cumprir obrigações previstas no direito internacional
O representante brasileiro alegou não há razão para o tribunal não se manifestar sobre o tema e sustentou que Israel não poderia se negar a cumprir as obrigações previstas na legislação internacional.
“Como potência ocupante [dos territórios palestinos] e como membro das Nações Unidas, Israel é obrigado a facilitar e viabilizar as operações da ONU nos territórios palestinos ocupados. Não pode interferir ou obstruir o exercício deste mandato, que foi estabelecido pela Assembleia Geral”, justificou Viegas.
O representante do Brasil na CIJ criticou ainda as leis aprovadas em Israel que proibiram as atividades da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), lembrando que a instituição é “a espinha dorsal das operações humanitárias da ONU em favor dos refugiados palestinos”, fornecendo educação, atendimento médico, serviços sociais e assistência emergencial para mais de 6 milhões de pessoas.
“Sua presença e trabalho são ainda mais urgentes no atual contexto de destruição quase total em Gaza, onde atende a mais de 2 milhões de pessoas. Ressaltamos que isso constitui uma flagrante violação do direito internacional”, completou.
Israel acusa CIJ de perseguição e se recusa a enviar representante
Israel informou que não enviará representante para o tribunal, acusando-o de perseguição. O parecer consultivo da CIJ não gera qualquer obrigação prática a Israel, que segue sem cumprir diversas decisões das entidades ligadas à ONU, incluindo o Conselho de Segurança, único com previsão de poder usar a força contra outros países.
Além disso, o governo de Benjamin Netanyahu acusa a UNRWA de colaborar com o Hamas e participar do dia 7 de outubro de 2023, quando o grupo invadiu cidades israelenses no sul do país. Porém, quando solicitadas provas por investigação independente, o governo de Tel Aviv não as apresentou.
Posicionamento de outros países e organizações internacionais
Representantes latino-americanos do Chile, da Colômbia e da Bolívia também se pronunciaram nesta terça-feira na CIJ contra o bloqueio de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Representantes da Bélgica, da Arábia Saudita, da Argélia e da África do Sul também se manifestaram sobre o caso, reforçando que Israel tem obrigações em relação à entrada de ajuda humanitária em Gaza.
Quarenta e quatro países manifestaram interesse em participar das audiências, além de quatro organizações internacionais. As audiências seguem até o dia 2 de maio. Devem se manifestar ainda representantes dos Estados Unidos, da China, da Rússia, do Reino Unidos, entre outras nações.
Israel defende bloqueio alegando questões de segurança
O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirma que não permitirá a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza enquanto o Hamas não se render totalmente e enquanto não devolver todos os reféns ainda em poder do grupo.
Sobre o processo em Haia, o ministro israelense das Relações Exteriores, Gideon Sa’ar, acusou a ONU de perseguir Israel e voltou a sustentar que a agência das Nações Unidas para refugiados palestinos é “infestada de terroristas”.
“Este caso faz parte de uma perseguição sistemática e de deslegitimação de Israel. Estão abusando do sistema jurídico internacional e o politizando. O objetivo é privar Israel de seu direito mais básico de se defender. Não é Israel que deve ser julgado. É a ONU e a UNRWA”, destacou em coletiva a jornalistas, em Jerusalém.
Na semana passada, ao comentar sobre os pedidos para permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza, Netanyahu afirmou que “a ajuda que vai para o Hamas não é humanitária”.
Já o Hamas afirma que havia a previsão de entregar todos os reféns feitos no dia 7 de outubro caso
Novas descobertas sobre a cura do câncer
Um estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade de Cambridge trouxe novas esperanças para a cura do câncer. Os cientistas descobriram uma proteína presente em células cancerígenas que pode ser o ponto chave para o desenvolvimento de novos tratamentos mais eficazes.
A proteína em questão, chamada de PIM1, está relacionada com o crescimento e proliferação das células tumorais. Os pesquisadores conseguiram identificar um composto químico capaz de inibir a ação da proteína, levando à morte das células cancerígenas de forma seletiva, sem afetar as células saudáveis.
Essa descoberta é um grande avanço no campo da oncologia, pois os tratamentos convencionais, como a quimioterapia e a radioterapia, costumam afetar também as células saudáveis do organismo, causando efeitos colaterais indesejados.
Os testes realizados em laboratório mostraram que o composto químico foi capaz de reduzir significativamente o tamanho dos tumores em camundongos, sem causar danos às células saudáveis. Os pesquisadores agora planejam iniciar os testes em humanos, com a esperança de que essa nova abordagem possa revolucionar o tratamento do câncer.
Além da descoberta da proteína PIM1, outros estudos recentes têm trazido novas perspectivas para a cura do câncer. Pesquisadores da Universidade de Harvard, por exemplo, identificaram uma mutação genética que está presente em diversos tipos de câncer e que pode ser alvo de novos tratamentos.
Essa mutação, chamada de KRAS, é responsável por estimular o crescimento descontrolado das células tumorais. Os cientistas conseguiram desenvolver um composto capaz de bloquear a ação do gene mutante, levando à morte das células cancerígenas de forma seletiva.
Os resultados dos testes em laboratório foram promissores e os pesquisadores agora planejam iniciar os testes em humanos. Caso os resultados sejam positivos, esse novo tratamento poderá beneficiar milhões de pacientes com câncer em todo o mundo.
Essas descobertas recentes representam um avanço significativo no campo da oncologia e trazem novas esperanças para a cura do câncer. Com o desenvolvimento de novas terapias mais eficazes e menos agressivas, a luta contra essa doença devastadora está mais perto de ser vencida.
Os pesquisadores envolvidos nesses estudos estão otimistas com os resultados obtidos até o momento e acreditam que em breve poderão oferecer aos pacientes novas opções de tratamento, com menos efeitos colaterais e maior eficácia.
É importante ressaltar que a cura do câncer ainda é um desafio complexo e que mais pesquisas são necessárias para aprimorar as novas terapias e garantir sua segurança e eficácia. No entanto, os avanços recentes no campo da oncologia são motivo de comemoração e renovam as esperanças de que um dia a cura definitiva para o câncer possa ser encontrada.
Portanto, é fundamental apoiar e incentivar a pesquisa científica nessa área, para que novas descobertas possam ser feitas e novas terapias possam ser desenvolvidas, trazendo alívio e esperança para milhões de pessoas que lutam contra o câncer em todo o mundo.
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