Ministro Rui Costa afirma que governo de Lula não adotará medidas excepcionais para impulsionar economia

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou hoje (26) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pretende editar qualquer “medida excepcional” para impulsionar a atividade econômica do país.

“Economia vai crescer pelo que está contratado”, afirma ministro

“Não haverá medida excepcional para impulsionar o crescimento da economia. A economia vai crescer pelo que está contratado. Quem está fazendo investimento em ferrovia não vai parar, porque está contratado no longo prazo. Quem investiu em um porto ou um aeroporto, quem ganhou uma concessão, tem um contrato a cumprir, portanto, esses investimentos não vão parar. Não haverá nenhuma medida excepcional para reaquecer a economia.”

Questionado sobre a proposta de criação do crédito consignado voltado para trabalhadores do mercado privado, o ministro enfatizou que a medida é estrutural e de longo prazo, não sendo uma ação para turbinar a economia ou melhorar a popularidade do governo atual.

“Para adotar, por exemplo, a medida do consignado, Lula se reuniu com os principais bancos, em Brasília, para ouvir a opinião deles. Essa medida traz segurança jurídica ao banco, melhora as garantias, melhora a performance do empréstimo e é muito melhor para o sistema financeiro, porque vai aumentar o volume. Portanto, é uma medida estrutural, não pontual.”

Medida positiva para a economia brasileira

O ministro destacou que a medida do crédito consignado é positiva para a economia brasileira a longo prazo, permitindo que as pessoas troquem dívidas caras por dívidas mais baratas.

Em entrevista durante o CEO Conference Brasil 2025, organizado pelo banco BTG Pactual, Rui Costa reiterou o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal e mencionou a expectativa de ajustes na economia e melhora na confiabilidade do governo.

“Logo ali, a gente vai ver, o mais breve possível, a economia se ajustando, o dólar recuando, como já está. E eu diria que a segurança e a confiabilidade no governo, aumentando. Não tenha dúvida da absoluta responsabilidade fiscal do governo do presidente Lula.”

Popularidade e comunicação

O ministro abordou a queda na popularidade do presidente Lula, atribuindo-a à falta de comunicação eficaz do governo e à disseminação de fake news nas redes sociais.

“Acho importante afirmar que quem governa – e governa com serenidade, sabendo aonde quer chegar – nem a pessoa dá pulos de euforia quando você está bem nas pesquisas e nem vai para debaixo da cama e fica com depressão quando está embaixo. Você tem que identificar, analisar e atuar para reverter uma eventual análise.”

O ministro enfatizou a necessidade de melhorar a comunicação do governo com a população para combater as fake news e destacou a importância de uma safra favorável para reduzir os preços dos alimentos e melhorar a imagem do governo.

“Nós estamos confiantes que com a entrada da super safra e a melhoria da comunicação, nós vamos reverter essa tendência até o meio do ano.”

Rui Costa negou qualquer divisão no governo entre ele e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltando a importância da união e cooperação entre os ministros para fortalecer o governo.

Marco legal do saneamento ambiental

O ministro também mencionou a expectativa do governo em aprovar o marco legal sobre o saneamento ambiental ainda este ano, destacando a importância de um arranjo ágil que não comprometa a preservação ambiental.

Fonte: Agência Brasil

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