Governo do Rio informa sobre tiroteio em ruas

Polícia sofre emboscada após operação em comunidade do Rio de Janeiro

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (foto), revelou que criminosos atiraram intencionalmente contra motoristas e passageiros na Avenida Brasil, após uma operação da Polícia Militar no Complexo de Israel, na Zona Norte. Segundo ele, a ação tinha como objetivo atrapalhar a movimentação das autoridades na comunidade.

Em entrevista, Castro explicou que a inteligência indicou que a PM estava próxima do líder de uma facção criminosa. Para dispersar as forças policiais, os criminosos decidiram atirar nas pessoas deliberadamente, levando as autoridades a recuarem temporariamente. Até o momento, três mortes foram confirmadas, além de dois feridos.

Natureza dos ataques

O governador esclareceu que as vítimas não foram baleadas em confronto com a polícia, mas sim alvos de execuções por parte do tráfico de drogas. Ele ressaltou que a polícia estava de um lado, enquanto a ordem era atirar em quem estava do outro lado.

A operação policial visava combater o roubo de veículos e cargas, além de atender a uma solicitação de uma empresa de telefonia que teve o sinal cortado na região. Claudio Castro enfatizou que a ação foi desencadeada com base em informações estratégicas da inteligência.

Responsabilidade federal

O governador do Rio também atribuiu ao governo federal a responsabilidade pela entrada de armamentos e drogas no estado através de portos, aeroportos e estradas federais. Ele ressaltou a necessidade de uma colaboração mais efetiva entre os governos estadual e federal para combater o tráfico internacional de armas e drogas.

Castro destacou a apreensão de 1.770 fuzis durante sua gestão e ressaltou a importância de medidas mais incisivas por parte das autoridades federais para combater esse tipo de crime.

Reações e críticas

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (CDDHC) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro emitiu uma nota criticando a atuação do governo estadual. Para o órgão, as mortes resultaram de uma “tragédia produzida pela incompetência estatal”.

A CDDHC questionou a eficácia da operação policial, que resultou em apenas uma prisão e a apreensão de duas granadas, em contrapartida às três pessoas mortas e dois feridos. Além disso, a comissão levantou preocupações sobre as consequências negativas para a população local, incluindo o fechamento de ruas, interrupção de linhas de trem e restrição ao direito de ir e vir.

O órgão também questionou o uso de recursos públicos em operações que considera destinadas ao fracasso e a persistência do governo estadual em adotar uma abordagem belicista em questões de segurança pública.

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