Mais vagas para mulheres diminuem desigualdade crescente

Crescimento das vagas ocupadas por mulheres supera o crescimento para homens em 2024

Ao longo de 2024, o mercado de trabalho brasileiro registrou um aumento significativo no número de vagas formais ocupadas por mulheres em comparação aos homens. De acordo com dados de um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre), entre janeiro e agosto deste ano, o saldo de empregos formais para mulheres cresceu impressionantes 45,18%, enquanto o saldo para homens aumentou apenas 10,1%, contribuindo para uma redução da desigualdade de gênero no mercado de trabalho.

O mercado de trabalho em números

Em termos absolutos, no entanto, os homens ainda ocupam a maioria das vagas com carteira assinada em todo o país. Além disso, o estudo mostra que o salário médio dos homens continua sendo maior do que o das mulheres, apesar do crescimento expressivo no saldo feminino.

Os dados revelaram que, em 2024, os homens ocupavam um total de 926.290 postos de trabalho, representando um aumento de 10,1% em relação a 2023. Já as mulheres ocupavam 800.269 postos de trabalho no mesmo período, indicando um crescimento de 45,18%. O saldo é calculado levando em consideração as admissões e desligamentos realizados ao longo do ano.

Apesar da redução da desigualdade em comparação aos anos anteriores, as vagas ainda são predominantemente ocupadas por homens. Em 2024, 53,6% das vagas criadas foram preenchidas por homens, enquanto as mulheres ocuparam 46,4% do total.

Ocupações e salários no mercado de trabalho

O estudo apontou que houve uma forte absorção da mão de obra feminina em ocupações como “Vendedores e prestadores de serviços de comércio” e “trabalhadores de atendimento ao público”, com incrementos de 270% e 255,1% de vínculos, respectivamente. Além disso, a participação das mulheres nas ocupações de “trabalhadores dos serviços” teve um crescimento significativo, passando de 54,8% para 61,5% do total.

Em relação aos salários, os dados revelam que, em agosto de 2024, o salário médio de admissão era de R$ 2.156,86. Os homens apresentaram um salário médio ligeiramente superior, alcançando R$ 2.245, enquanto as mulheres tiveram um salário médio de admissão de R$ 2.031. A diferença salarial entre homens e mulheres ainda é evidente, com as mulheres recebendo em média cerca de 10% a 11% a menos do que os homens.

Análise dos dados do Caged

O estudo utilizou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, referentes a agosto de 2024. Neste mês, o Brasil registrou um saldo positivo de 232.513 empregos formais, com 2.231.410 admissões e 1.998.897 desligamentos. Esse resultado representou um crescimento de 5,8% na criação de vagas formais em comparação ao mesmo período de 2023.

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