OMS anuncia acordo para vacinação de crianças contra poliomielite na Faixa de Gaza
O representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Palestina, Rik Peeperkorn, anunciou um acordo com Israel e o grupo palestino Hamas para permitir a vacinação de crianças contra a poliomielite na Faixa de Gaza. Segundo Peeperkorn, foram estabelecidas pausas humanitárias por três dias para a realização da campanha de vacinação.
O objetivo é interromper a transmissão da pólio na região e garantir uma cobertura vacinal mínima de 90%, considerada ambiciosa pelo representante da OMS na Palestina. As equipes já estão preparadas para iniciar a campanha, que será realizada em duas rodadas a partir deste domingo (1º).
Caso confirmado de pólio em Gaza
A semana passada foi marcada pela confirmação do primeiro caso de pólio na Faixa de Gaza em 25 anos. Um bebê de 10 meses, residente da cidade de Deir al-Balah, foi diagnosticado com a doença. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou preocupação com o caso e confirmou que o vírus está ligado à variante do poliovírus tipo 2, detectada anteriormente.
Trégua humanitária para vacinação
Antes do acordo para a vacinação, a OMS havia solicitado uma trégua humanitária em Gaza para permitir a realização das campanhas de imunização. A entidade enfatizou a importância das pausas nos combates para que as crianças e famílias pudessem ter acesso seguro às unidades de saúde e receber a vacina oral contra a poliomielite.
A expectativa é vacinar mais de 640 mil crianças com menos de 10 anos em cada rodada da campanha, que utilizará a vacina oral conhecida como “gotinha” contra a pólio.
Alerta e medidas preventivas
A OMS destaca que a Faixa de Gaza enfrenta desafios significativos devido à queda na cobertura vacinal após conflitos anteriores. O transporte das doses de vacina e dos equipamentos de refrigeração será essencial para garantir o sucesso das campanhas de imunização e interromper a propagação da pólio na região.
A organização alerta ainda para o risco de disseminação do vírus devido às lacunas na imunidade das crianças, causadas por desafios sistêmicos na região, como a destruição de infraestruturas de saúde, deslocamentos populacionais e questões de saneamento básico.
Diante desse cenário, a OMS reforça a necessidade de manter uma cobertura vacinal adequada para prevenir não apenas a pólio, mas também outras doenças preveníveis por vacinas. A segurança da saúde pública na região depende do sucesso das campanhas de imunização e do apoio das partes envolvidas no conflito.
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