Tati Weston-Webb buscava ouro na final do surfe: ‘Minha última onda decisiva’

Tatiana Weston-Webb: A Surfista Brasileira Que Brilha nas Olimpíadas

Primeira surfista brasileira a conseguir uma medalha em Jogos Olímpicos, Tatiana Weston-Webb não para de sorrir. O que a atleta filha de mãe brasileira e pai inglês mais fez nos últimos dias foi exibir, orgulhosa, a prata que conquistou na praia de Teahupo’o, no Taiti, a 15 mil quilômetros de Paris. Mas a medalha poderia ter sido dourada. De forma sutil, a brasileira-havaiana questionou a avaliação dos juízes na final, disputada na segunda-feira.

O Gosto Amargo da Prata e a Busca pelo Ouro

Ela acredita que sua última onda foi suficiente para desbancar a americana Caroline Marks na decisão. “Vou te falar que no momento eu achei que eles (juízes) poderiam dar ou não dar (a nota que valeria o ouro). Realmente não sabia. Mas consegui ver um pouco da bateria depois e eu gostei muito da minha última onda. Achei que valia a nota (melhor)”, crê a surfista, em entrevista exclusiva ao Estadão.

A Disputa Intensa e a Decisão Milimétrica

Tati se refere aos 4,50 que os juízes lhe deram na bateria final, na qual a brasileira conseguiu boa manobra faltando pouco mais de um minuto. A nota foi insuficiente porque a surfista precisava de 4,68. Ou seja, ficou a 0,18 de ser campeã olímpica. “Mas o que eu posso fazer agora? Vou ficar triste? Não. Vou ficar feliz porque consegui alcançar um sonho gigante meu. Não vou ficar nessa parte negativa, prefiro ficar na parte positiva”, disse.

O Significado da Medalha de Prata e os Desafios Superados

“Foi um sentimento maravilhoso, foi incrível. Acho que realmente o surfe no Brasil está crescendo a cada dia. Espero que essa medalha represente para o surfe no Brasil”, afirmou Weston-Webb sobre a importância de sua conquista para o esporte nacional. Além disso, a surfista destacou a importância da experiência anterior em Tóquio e de um ciclo mais calmo, sem os impactos da pandemia, em sua preparação para as Olimpíadas de Paris.

Uma Inspiração Para Futuras Gerações

“Se eu pudesse falar algo para quem está começando a surfar falaria para acreditar nos seus sonhos. Com bastante trabalho, você consegue. O sonho pode ser gigante, mas tudo é possível no esporte para pessoas que se dedicam”, aconselhou a atleta, que mantém o desejo de ser mãe e reduzir o ritmo de competições após os 30 anos.

A conquista da medalha de prata por Tatiana Weston-Webb reflete não apenas o talento e a dedicação da surfista, mas também o crescimento do surfe brasileiro e o destaque das mulheres nos Jogos Olímpicos de Paris. Para os fãs do esporte e para aqueles que buscam inspiração, o exemplo de Tati ressoa como um lembrete de que com esforço, persistência e fé nos sonhos, é possível alcançar grandes conquistas, mesmo que por uma margem estreita como os 0,18 que a separaram do ouro olímpico.

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