Rússia envia mais tropas e armas para travar incursão ucraniana na fronteira de Kursk
A Rússia anunciou nesta sexta-feira (9) o envio de mais tropas e armas para travar a incursão ucraniana que começou há quatro dias na região fronteiriça russa de Kursk, onde ocorrem intensos combates.
Invasão em Kursk é ataque mais significativo de Kiev contra Moscou desde 2022
A incursão em Kursk é o ataque mais significativo de Kiev contra a Rússia desde que Moscou lançou sua invasão contra o seu vizinho em fevereiro de 2022.
Moscou envia tropas e equipamentos para a região de Kursk
Moscou está enviando unidades equipadas com “lançadores múltiplos de foguetes BM-21 Grad, peças de artilharia recauchutadas, tanques, veículos Ural e Kamaz” para a região de Kursk, informou o Ministério da Defesa russo, citado por agências de notícias de seu país.
Segundo o Exército russo, participam cerca de 1.000 soldados e mais de vinte veículos blindados e tanques.
Consequências da ofensiva russa
A Ucrânia não assumiu oficialmente a responsabilidade pela operação, mas seu presidente, Volodimir Zelensky, disse na quinta-feira que a Rússia deve “sentir” as consequências da sua ofensiva.
“A Rússia trouxe a guerra à nossa terra e deve sentir o que fez”, disse Zelensky, sem se referir diretamente à incursão.
Combates em Kursk e evacuações em massa
O Exército russo afirmou nesta sexta-feira que ainda luta em Kursk. “Continuamos repelindo a tentativa de incursão das forças armadas ucranianas no território da Federação Russa”, declarou o Ministério da Defesa russo.
O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), com sede nos Estados Unidos, disse que as tropas ucranianas obtiveram ganhos territoriais significativos desde o início da incursão na terça-feira.
A polícia ucraniana disse que milhares de pessoas precisaram ser evacuadas de áreas próximas à fronteira com a região russa de Kursk.
Bombardeios e resistência russa
O Exército ucraniano assumiu a responsabilidade pelo bombardeio de uma base aérea militar russa na região de Lipetsk e garantiu que atingiu “depósitos com bombas aéreas guiadas”, muito utilizadas por Moscou na Ucrânia.
O Estado-Maior ucraniano também afirmou que a base abrigava bombardeiros táticos e caças.
Reações internacionais e consequências dos combates
Os aliados internacionais da Ucrânia ficaram surpresos. O Departamento de Estado americano expressou apoio a Kiev, mas não comentou diretamente a operação.
Na região oriental de Donetsk, na Ucrânia, pelo menos seis civis foram mortos por bombardeios russos, disse o governador de Kiev da região, Vadym Filashkin.
Um total de 617 pessoas, incluindo 253 crianças, tiveram que ser evacuadas da área, segundo o governador.
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