O mês de junho de 2024 foi o mais quente já registrado, alerta serviço de monitoramento climático da União Europeia
O serviço de monitoramento de mudanças climáticas da União Europeia divulgou que o mês de junho de 2024 foi o mais quente já registrado, dando continuidade a uma série de temperaturas excepcionais. Esse registro coloca o ano de 2024 no caminho para se tornar o ano mais quente já registrado no planeta, de acordo com cientistas especializados no assunto.
Série de temperaturas recordes e impactos da mudança climática
Segundo o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus (C3S) da União Europeia, todos os meses desde junho de 2023 têm sido classificados como os mais quentes do planeta, em comparação com os anos anteriores. Essa sequência de 13 meses consecutivos de altas temperaturas é um indicativo do impacto das alterações climáticas em escala global.
Os dados mais recentes demonstram que as alterações climáticas causadas pelo homem e o fenômeno natural El Niño contribuíram para que as temperaturas atingissem níveis recordes em 2024, colocando esse ano como potencialmente mais quente do que 2023, ano já marcado por altas temperaturas.
Consequências desastrosas em todo o mundo
A mudança climática já tem gerado consequências desastrosas ao redor do mundo neste ano. Mais de mil pessoas perderam a vida devido ao calor intenso durante a peregrinação do hajj em Meca e outras mortes foram registradas em regiões como Nova Delhi, na Índia, e entre turistas na Grécia, que enfrentaram ondas de calor sem precedentes.
A cientista climática Friederike Otto alerta para a grande probabilidade de 2024 ser classificado como o ano mais quente já registrado. Ela ressalta a importância de reduzir as emissões de gases de efeito estufa para enfrentar a crise climática.
Fenômeno El Niño e impacto nas temperaturas globais
O fenômeno natural El Niño, que consiste no aquecimento das águas superficiais no leste do Oceano Pacífico, tem contribuído para o aumento das temperaturas médias globais. Especialistas ressaltam a necessidade de ações efetivas para reduzir as emissões de gases provenientes da queima de combustíveis fósseis, principal causa das alterações climáticas.
Os dados do C3S confirmam que o mês de junho de 2024 foi o mais quente desde o período pré-industrial de 1850-1900, reforçando a gravidade do cenário atual.
Precisamos adotar medidas urgentes para enfrentar o desafio das mudanças climáticas e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.
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