
Retorno às aulas no Rio Grande do Sul após enchentes
Estudantes de 441 escolas da rede pública de ensino do Rio Grande do Sul, que representam 23,5% do total, ainda estão sem data prevista para retorno às aulas, após as enchentes que devastaram o estado há cerca de duas semanas. Ao todo, são 173.256 estudantes nessa situação, segundo balanço da Secretaria Estadual de Educação (Seduc-RS). Por outro lado, outras 1.792 escolas estaduais já retomaram as atividades, equivalendo a 76,5% das 2.340 escolas públicas gaúchas.
Situação das escolas afetadas
Segundo a pasta, 1.059 escolas foram afetadas pela catástrofe, em 248 municípios. Algumas sofreram danos físicos diretos na infraestrutura, enquanto 79 suspenderam as atividades para servirem de abrigo temporário para famílias desabrigadas. Além disso, algumas unidades ainda enfrentam problemas de acesso e permanecem isoladas. O estado calcula que 378.981 estudantes foram impactados, com 566 escolas danificadas, totalizando 217.396 estudantes matriculados.
Medidas do Ministério da Educação
O Ministério da Educação (MEC) autorizou a flexibilização do calendário escolar no Rio Grande do Sul, dispensando as escolas de cumprir o mínimo de dias efetivos de trabalho, desde que atendam à carga horária mínima anual. As escolas de educação infantil foram dispensadas de cumprir os dias efetivos e a carga horária mínima.
Retorno do ensino infantil em Porto Alegre
Em Porto Alegre, cerca de 40 mil alunos do ensino infantil estão retomando as aulas nesta semana. Vinte e seis unidades de ensino foram reabertas nesta segunda-feira (27), com mais 21 previstas para os próximos dias. A capital gaúcha conta com 80 mil estudantes matriculados na rede pública de ensino infantil, mantida pela prefeitura municipal. O secretário municipal de Educação, José Paulo da Rosa, prevê que os 40 mil alunos restantes retomem as aulas de forma gradual. Três escolas da rede foram totalmente destruídas pelas enchentes e terão que ser reconstruídas, num investimento de R$ 30 milhões.
“Eu acho que um dos grandes problemas da pandemia foi demorar muito no retorno às aulas. Nós estávamos ainda trabalhando em recuperar o déficit do aprendizado da pandemia. E quando nós temos esse problema com a enchente, demorar muito a retomar as atividades, eu acho que ia prejudicar os estudantes”, afirma o secretário municipal de Educação de Porto Alegre.
Um dos alunos felizes com o retorno é Martim Alexandre, do ensino infantil na Escola João Carlos D’ávila Martins Cortês. Sua mãe, Amanda Rocha Mendonça, destaca a importância do retorno para o filho autista, que sentiu falta da escola e agora está feliz em poder interagir com colegas e professores.
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